terça-feira, 31 de agosto de 2010

Lista de Agosto

Clicar para aumentar

Esta é a lista actualizada. De salientar o aparecimento das viaturas da CVP Leiria. Sem dúvida que é um passo importante na melhoria da qualidade do trabalho da CVP. No entanto, há ainda muito por fazer!

E na CVP?

Vítor Almeida, Médico da CVP Viseu

O Doutor Vítor Almeida (Médico da CVP Viseu) defendeu ontem que o INEM devia funcionar como na tropa, na gestão de meios humanos para casos de grandes acidentes como o da A25.

O INEM utilizou SMS´s para grupos predefinidos para chamar profissionais para ajudar no socorro às vitimas, no entanto o o Dr Vítor defende que este sistema é pouco eficaz e defende que deveriam existir escalas de prevenção para equipas de retaguarda.

Neste caso, o sistema usado pelo INEM funcionou bem, visto que acorreram ao local várias dezenas de profissionais, mas será sempre assim?

O que pensa o leitor?

Em caso de grande emergência deverá a CVP funcionar como o INEM ou como a tropa?

- Deverão existir escalas de prevenção, quando sabemos que muitas vezes nem para assegurar o normal serviço existe pessoal.

Ou,

- Deverão existir grupos definidos que serão alertados via SMS, correndo o risco de não aparecer ninguém?

sábado, 28 de agosto de 2010

Para pensar

Nos dias que correm e tendo em conta o estado das coisas, quem nos lidera e as perspectivas que temos de futuro:

- Vale a pena continuar a ser voluntário da Cruz Vermelha Portuguesa?

E a CVP? Tem interesse na Emergência Médica?



O II Congresso Nacional de Emergência Médica (II CNEM), com o lema “Da rua ao hospital - abrir portas, partilhar recursos”, vai decorrer, entre os dias 28 de Setembro e 1 de Outubro, no Centro de Congressos de Lisboa.

O evento, organizado pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), visa promover a reflexão, o debate e a investigação sobre temas e saberes de emergência médica.

O tema escolhido tem por função destacar a necessidade da articulação entre o hospital e o sector pré-hospitalar, o que implica a assunção de um conceito de cadeia de sobrevivência que não conhece portas ou muros e não dispensa nenhum dos seus elos.

Com o congresso, o INEM pretende contribuir para a promoção da qualidade e da melhoria contínua dos cuidados de emergência médica às populações, estando atento ao permanente avanço tecnológico e científico e confrontando as opiniões relativas à actividade diária sobre o funcionamento do Sistema Integrado de Emergência Médica.

O II CNEM vai contar com a participação dos profissionais de todas as categorias que integram o INEM e a emergência médica no dia-a-dia em Portugal, bem como um conjunto de especialistas convidados de reconhecido prestígio.

O programa inclui a atribuição do Prémio de Emergência Médica Rocha da Silva, seleccionado entre os trabalhos originais propostos para apresentação no congresso, e diversos cursos pré-congresso, a realizar nos dias 27 e 28 de Setembro.
Temas

* Gestão do risco: erro médico, risco profissional
* Emergência em pediatria / neonatalogia
* Formação em emergência médica
* Circuitos de informação em emergência
* Intervenção dos helicópteros em emergência
* Aspectos médico-legais em emergência médica
* Novas tecnologias em emergência médica
* Arquitectura, regulação e gestão de um Sistema Integrado de Emergência Médica
* Emergência pré-hospitalar e urgência hospitalar: Interface, articulação e interacção

Mais informações em: CNEM 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Indignação em Águeda


Recebemos o seguinte email de um voluntário da CVP Águeda:

"Bom dia. Após ler as noticias relacionadas com o acidente da A25 e apesar de todo o sucesso da operação, fiquei triste. Fiquei triste porque o socorro podia ter sido muito melhor com a presença da CVP, especialmente a minha, a de Agueda. Ao saber do acidente rapidamente chamámos pessoal e preparámo-nos para sair. A nossa missão é salvar! O nosso PMA e as ambulâncias estiveram prontas até à meia noite mas do CODU nunca ninguém nos ligou! Gostava de saber porquê. Vieram bombeiros de todo o lado, o Inem veio de Coimbra mas e nós? Onde esteve a CVP? A nivel de CVP temos uma das melhores estruturas e organizações da região Centro. Porque não fomos para o local? Apartir de agora as coisas vão mudar. Vamos mover céu e terra para que no Inem saibam quem nós somos. Isto não vai ficar assim!"

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ainda a A25


O acidente de ontem na A25 é oficialmente a maior operação de socorro montada em Portugal até hoje. Em número de vitimas, meios de socorro, equipas de emergência e entidades envolvidas. Agora que se ganha o necessário distanciamento dos acontecimentos começa-se a ganhar a noção que esta operação, para além da dimensão, impressionou pela coordenação e desempenho. A coordenação ficou sob responsabilidade do CODU de Coimbra em articulação com os CDOS de Aveiro, Viseu e o CNOS em Lisboa. É neste ponto que gostávamos de nos focar. O CODU enviou os meios próprios do INEM e articulou-se com os CDOS para o envio dos meios dos Bombeiros (ambulâncias, carros de fogo e desencarceramento). Nenhuma destas entidades (INEM e ANPC) se "lembrou" de accionar a CVP. As Delegações mais próximas com equipas de socorro serão Viseu e Águeda. Destas localidades saíram muitos meios dos Bombeiros, especialmente de Águeda.

As questões que se põe:

- Para se articular com a CVP, o CODU liga para onde? Para quem?

- Para cada uma das Delegações? Ja vimos que é impossível numa situação destas.

- Quem sabe que meios a CVP tem disponível a cada momento?

- Será necessário uma central (tipo CDOS\CODU) para a CVP?

A25


Bombeiros - 189

INEM - 65

CVP - ZERO

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Tourada no Montijo

Depois da troca de ideias gerada pela participação de uma Delegação num evento religioso, deixamos aqui um novo ponto de discussão:


As touradas são consideradas uma arte em algumas zonas do nosso País, mas noutras consideradas uma barbárie. São cada vez mais as manifestações que defendem o seu fim, que encontram oposição nos seus detractores.

As questões que aqui deixamos são:

- Deve a CVP ver o seu nome associado a este evento?

- Será que o fim que é obter fundos justifica os meios?

Queremos ouvir a sua opinião.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A CVP e os projectos da treta

Continuamos a dar "voz" aos nossos leitores, desta vez um comentário enviado pelo nosso leitor Luís Carlos neste post:

"Os poucos portugueses honestos e lúcidos ficam apavorados e admirados e com razão com as nulidades que infelizmente nos desgovernam. É confrangedor o vazio de ideias válidas e a lata da grande maioria dos coordenadores actuais. Do Coordenador Nacioal, aos de Plataforma e aos Locais pouco ou quase nada se aproveita. Ao contrário do que apregoam quase nada funciona nomeadamente; a emergência, os transportes, a formação, os legítimos direitos do voluntário, etc, etc. Como se isto não bastasse os meios de divulgação (institucional ou não) também ajudam à festa dando demasiado tempo de antena a gente incapaz que para além da treta habitual nada resolvem, a estes juntam-se as audições a algumas dezenas de opinantes profissionais que tal como os primeiros falam, falam e o resultado final das suas verborreias é zero. A Cruz Vermelha para mudar para melhor em todos os domínios tem que largar definitivamente os projectos da treta que alimentam uma enorme cambada de inúteis, que custam mais que as respectivas obras e a seguir vendo como se faz, os bons exemplos dos países desenvolvidos. Se o fizermos em pouco tempo deixaremos de ser o restolho da Protecção Civil, senão a CVP acaba."

CVP de Oliveira do Conde usa, abusa e excede-se

"Vejo que no vosso blogue se fala um pouco de todo, liberdade de expressão é um direito que vigora na Constituição da República Portuguesa desde 1974. Fala-se da CVP de Viseu que tem podres e falta de visão para o futuro, posso dizer que fui da CVP de Viseu há mais de 20 anos atrás não faço ideia como aquilo esteja e também não quero saber, mas o que eu acho curioso é o facto de se falar muito de Viseu isto e aquilo e não se falar de uma certa delegação da CVP distrito de Viseu que anda constantemente (para não dizer todos os dias) em marcha de emergência.

Eu quase bati como o meu carro para me desviar de uma ambulância da CVP de Oliveira do Conde que vinha em marcha de emergência a fazer grande cagaçal ali em Vila Chá de Sá, obra do destino eu ter de ir ao hospital quando me deparo com a mesma viatura estacionada nas Consultas Externas do Hospital São Teotónio – Viseu.

Posso dizer que trabalho na segurança do HST muita das vezes sou destacado para ir para a entrada do hospital, perdia a conta das vezes que vi com estes olhos que a terra um dia irá comer a CVP de Oliveira do Conde a desligar os rotativos antes de entrar no HST e á saída liga-los outra vezes, inclusive já me dei ao trabalho de comunicar via rádio com o meu colega que esta na Urgência e perguntar-lhe se estava lá alguma ambulância da CVP Oliveira do Conde e a resposta foi: “não aqui não está cá nenhuma ambulância da CVP de Oliveira do Conde”.

Pois não estava, porque essa viatura dessa Delegação estava era nas Consultas Externas.

(confirmação dada pelo meu colega que estava lá)

Será que ninguém repara nisto, criticam a CVP de Viseu forte e feio e ninguém diz uma única palavra sobre esta situação?

Lanço uma pergunta simples de se responder, qual o objectivo dos sinais luminosos e sonoros numa ambulância?

Cumprimentos"


Recebido por email, autor devidamente identificado

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Parabéns à CVP Viseu!

Recebido no nosso email:

"Queria agradecer a contribuição do vosso blog para o "abre olhos" que houve em Viseu. Às vezes há coisas que se dizem que doem, mas apesar do tom "abespinhado" com que aqui se comentou, a verdade é que alguma coisa mudou na minha Cruz. Estamos a mudar, há empenho, estamos a abraçar o futuro com determinação. Nem tudo está perfeito mas há uma onda de entusiasmo que se vive e sente. O trabalho é e vai ser nosso, no entanto posso vos assegurar que a vossa intervenção teve o dom de despertar consciências. Às vezes é preciso... Quem eu sou, não é importante. O trabalho é de todos, o sucesso também será. A Cruz Vermelha é só uma. Obrigado por tudo."

Nota da Administração:

O Cruz Vermelha para sempre congratula-se por saber que a Cruz Vermelha de Viseu está empenhada em melhorar a sua estrutura. Se a nossa intervenção ajudou de alguma forma a essa mudança, também para nós é importante, não tanto por sermos um blogue, mas por sermos Cruz Vermelha. Mantemo-nos ao dispor de todos para ajudar e divulgar a Cruz Vermelha Portuguesa.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Responda quem souber!

Comentário colocado pelo nosso leitor Junot:

"Tenho umas perguntas a fazer a quem souber esclarecer-me, independentemente de quem acciona (INEM, CDOS, PC, GNR, etc):

Se o Plano Municipal de Emergência está oficialmente accionado, onde está a CVP?

Será que no INEM de Coimbra sabem que meios as CVP da zona têm disponiveis?

Será que o CDOS de Viseu sabe que meios humanos e materiais as CVP da zona têm disponiveis?

Quem é o elo de ligaçao entre a PC Municipal e a CVP? Sao os CLE? O CPR?

Obrigado e boa tarde."

Incêndio em Castro Daire

Ultima hora

O Plano de Emergência Municipal de Castro Daire foi accionado às 15 horas. As aldeias de Moita e Cela estão em risco. Há noticias de pessoas intoxicadas, populações em risco e habitações em perigo. Foram pedidos meios do INEM, estando uma equipa médica no local. Neste momento há 9 frentes de fogo activas!

Depois do incêndio que durante uma semana assolou a zona de São Pedro do Sul onde arderam casas, milhares de hectares de floresta, aldeias foram evacuadas, um bombeiro morreu e vários ficaram feridos e onde a Cruz Vermelha Portuguesa não foi chamada a intervir nem se mostrou disponivel para avançar no apoio, voltamos a fazer a mesma questão:

- Onde está a Cruz Vermelha Portuguesa, em concreto as Delegações da zona de Viseu?

Se este cenário não justifica a disponibilidade da CVP o que justificará?

Senhor Coordenador da Plataforma 2, responda se souber!


PS - O Cruz Vermelha para sempre deseja-lhe a continuação de umas óptimas férias!

sábado, 14 de agosto de 2010

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ameaças? Leva-as o Vento...

Na sequência dest post, recebeu o Cruz Vermelha para sempre o seguinte comentário:

"Não passas de um cobarde, não so não publicas os comentarios que te poem em causa como colocas noticias de delegações para serem comentadas, mas quem es tu para colocares seja o que for, mete da tua delegação e o que fazem para ser comentado seu anormal, e vais passando porque aqueles da sede são uns bois mansos porque colocar documentos oficiais num blogue so de escarnio e mal dizer e duma falta de respeito e de dignidade que e assim que deves ser tratado.
Eu vou fazer uma carta ao presidente nacional sobre isto e eles se quizerem que actuam pois isto e motivo de expulsão e vai chamar agressivo e com falta de espirito e não te mando para a p... da tua mãe porque o problema e muito mais antigo.
vai gozando com uns e com outros que ainda te vais foder seu frustado de merda."


Nota da Administração do Cruz Vermelha para sempre:

Bom tarde a todos

Ex. Mo Sr.º Comentador,

Lamento que tenha optado pela via do insulto gratuito e demagogo, sem qualquer nexo causal com aquilo que o post “mostrou” aos nossos leitores.
No entanto, face à sua acusação “inculta”, acerca dos documentos que o Cruz Vermelha para sempre tem apresentado, e tendo em conta o nível cultural do seu comentário, importa esclarecer-lhe o seguinte:

a) É inconcebível que num pais civilizado como o nosso, e tendo ao seu dispor um canal próprio de comunicação para estes casos (ainda que com regras de educação que se devem pautar no mínimo pelo básico), não tenha feito uso do mesmo. Refiro-me ao email geral que se encontra adstrito à Administração do Blog.

b) O Código Penal (CP) e Código de Processo Penal (CPP) entre outros, são as minhas ferramentas de trabalho diário, pelo que como compreendera, não sou um qualquer leigo na matéria como V.ª Ex.ª mostrou ser.

c) O Artigo 180.º do CP, plasma no seu ponto 2, o seguinte: “A Conduta não é punível quando: a) A imputação for feita para realizar interesses legítimos; b) O agente provar a verdade da mesma imputação ou tiver tido fundamento sério para, em boa fé, e reputar verdadeira.”

Quanto a este artigo, creio que os pontos a) e b) são claros como a agua, e protegem em todo o seu esplendor os interesses do nosso blog ao publicar documentos como aquele que referiu. Não, e isto não é uma interpretação extensiva da lei, ou do que o legislador quis afirmar.

d) O CVPS também não proferiu qualquer Difamação (Artigo 180.º do CP) ou Injúria (Artigo 181.º do CP), pelo que creio que também aqui nada há apontar ao nosso blog, a não ser na sua cabeça.

e) Se mesmo perante esta elucidativa explicação V.Exª entender que pisamos o limiar do legal, então sugiro-lhe duas possibilidades:

- Faça uma exposição ao Presidente Nacional, explicando-lhe detalhadamente esta situação, e aproveite essa mesma carta para o apelidar de “boi manso” como fez no seu triste e infantil comentário.

- Se mesmo assim, se sentir lesado (enquanto sujeito penal), ou julgar que a Cruz Vermelha Portuguesa foi “brindada” com alguma injustiça (desde que punida por lei), dirija-se a um departamento de qualquer OPC (partindo do principio que desconhece a sigla, eu elucido-o: Órgão de Policial Criminal), ou a um Tribunal perto de si e formalize uma queixa-crime contra o CVPS.

Mas como facilmente se constata, a ignorância faz parte inequívoca do perfil de alguns dos elementos da CVP, faço ainda questão de lhe abrir o seu escasso campo de visão, dizendo-lhe que o previsto nos Artigos 180.º e 181.º do Código Penal, carece de uma Acusação Particular (prevista no Artigo 113.º do CP) com o pagamento das duas respectivas “Unidades de Conta” (UC= 104 Euros). Não se esqueça também de se constituir Assistente no Processo Judicial, ao abrigo do Artigo 68.º do CPP, com especial incidência para as alíneas a) e b).


“O comboio da vida não para duas vezes no mesmo apeadeiro”, por isso para a Administração do Cruz Vermelha para sempre, esta situação esta ultrapassada e suprimida, servindo-nos a todos de exemplo para o futuro, e desejando ao autor deste comentário uns bons serviços ate ao nosso encontro junto dos Ex. Mo.(s) Sr.º(s) Dr.º(s) Juizes (Fase de Inquérito, Instrução e Julgamento)

Cumprimentos

Definitivamente sim!



O Cruz Vermelha para sempre deixa-vos aqui a prova que a Cruz Vermelha Portuguesa tem lugar na catástrofe que são os fogos. Apoio às populações afectadas, apoio aos bombeiros empenhados no combate, socorro pré-hospitalar. Sem duvida um exemplo a seguir.

Um nosso leitor da zona de Viseu fez-nos chegar a informação que as Delegações de Santar (Nelas) e Oliveira do Conde (Carregal do Sal) se disponibilizaram para apoiar a população de Viseu, onde os bombeiros não têm tido mãos a medir no combate aos fogos, juntando-se assim ao INEM no socorro à população.

Esta é a prova que na ausência do Coordenador de Plataforma, a dinâmica dos Coordenadores Locais e a vontade de ajudar dos elementos da CVP é tudo o que é preciso para mostrar que existimos para ajudar.

Bom trabalho a todos!

PS - A Delegação apresentada nas imagens é a de Viana do Castelo. Um obrigado ao Tiago Ferreira por esta informação.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Será?

Que este equipamento está pronto a sair em caso de necessidade, como por exemplo para os fogos?

Ou será que só sai para apoio a eventos... pagos?

Responda quem souber!

Deixamos aqui algum do equipamento da Cruz Vermelha Portuguesa estacionado no COE:


terça-feira, 10 de agosto de 2010

CVP nos fogos? Sim!

Afinal a Cruz Vermelha faz parte do DECIF 2010!

E diz no Anexo 1 à DON Nº 02/2010/ANPC no ponto 3-A-7 que:

" A colaboração da CVP será requerida quando a gravidade da situação assim o exija, devendo ser enquadrada pela respectiva estrutura organizacional de Comando e por legislação específica;
Actua nos domínios da intervenção, apoio, socorro e assistência sanitária e social, de acordo com o seu estatuto próprio e das suas próprias disponibilidades e em coordenação com os demais agentes da protecção civil;
No cumprimento de todas as missões de apoio e assistência no âmbito dos incêndios
florestais, a nível Nacional articula-se com o CNOS, a nível Distrital com o CDOS e no local
da ocorrência com o COS;
Disponibiliza, a pedido, e sempre que a situação o justifique, um Oficial de ligação ao CNOS;
Disponibiliza, a pedido, e sempre que a situação o justifique, um delegado para integrar cada
um dos CCOD onde detém estruturas permanentes e participar nos briefings relevantes do
CDOS."

E diz ainda:

Ponto 10/B

" A CVP, por solicitação do CNOS, apoia as forças de combate em TO na confecção e distribuição de alimentação."

Agradecemos ao Renato Felgueiras da CVP Viseu a colaboração.

No entanto gostaríamos aqui de levantar questões, umas já feitas, outras que agora se impõe:

- Onde está o Plano de Intervenção da CVP para ir para os fogos?

Como leram, a Cruz Vermelha Portuguesa rege-se pelas suas regras, mas se for preciso avançar para um Teatro de Operações destes, quem acciona? Quem coordena? Quem vai? E como?
Durante o dia de ontem e hoje falámos com alguns Coordenadores Locais de Emergência, pelo menos um de cada Plataforma e nenhum deles tinha conhecimento da existência deste plano? Porque não está disponivel na Internet (como fazem as outras entidades) para fácil consulta? Porque não foi distribuído? Será que existe?

- Será que a missão da Cruz Vermelha Portuguesa se deve ficar pela "distribuição e confecção de alimentação"?

A Cruz Vermelha tem tentado passar uma imagem que está pronta para o apoio social, para o chamado apoio de segunda linha. Mas será que isto é justo para quem continua a investir na Emergência? Afinal para que serviu a criaçao do COE enquanto apoiante da parte de emergência onde ela não está tão evoluída? É para depois ir fazer e distribuir comida?

- Onde andam as linhas mestras orientadoras para a Cruz Vermelha Portuguesa?

Todas estas situações dão azo a que cada Delegação faça o que lhe apetece, e não de forma "independente" como se quer deixar passar, mas sim errante. Houve Delegações que estiveram nos fogos a apoiar populações e bombeiros sem que tivessem sido accionados pelos respectivos Coordenadores de Plataforma. Houve missões de apoio à alimentação, evacuação de populações e pré-hospitalar efectuadas pela Cruz Vermelha Portuguesa.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

CVP nos fogos? Não!


A propósito do tema do dia que são os fogos florestais e com a curiosidade despertada por um comentário do nosso camarada Renato Felgueiras neste post relativo à existência da Cruz Vermelha Portuguesa no Dispositivo Especial Combate a Incêndios Florestais 2010, fomos analisar o DECIF 2010 e o Plano de Intervenção para Fogos Florestais do INEM.

Qualquer um deles pode ser facilmente consultado online.

Relativamente ao DECIF e depois da apresentação e âmbito de intervenção vem referida as entidades intervenientes e suas competências. Não vamos aqui descrever o plano (podem ler todo na net) mas para que não restem dúvidas vamos aqui deixar a lista de entidades que de uma forma ou outra são integrantes:

- Governo Civil.
- Câmara Municipal
- Comissões Distritais de Protecção Civil
- Os Centros de Coordenação Operacional Distrital
- Comissões Municipais de Protecção Civil.
- Corpos de Bombeiros
- Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR
- Equipas de Intervenção Permanente;
- Corpo Nacional de Agentes Florestais (CNAF)
- Equipas de Sapadores Florestais (ESF)
- Equipas de Sapadores Florestais do Exército
- Meios das Forças Armadas
- Meios da Guarda Nacional Republicana
- Polícia de Segurança Pública
- Direcção Geral da Autoridade Marítima
- Instituto Nacional de Emergência Médica

No meio disto tudo, de toda esta gente, nem uma referência à Cruz Vermelha Portuguesa.

Relativamente a uma possível intervenção no apoio a populações e bombeiros por parte da CVP encontramos paralelo na missão do INEM. O instituto publico tem um documento orientador para estas situações, também ele não contempla em parte alguma com a integração dos meios da CVP apesar de ter também como uma das bases a Directiva Operacional Nacional da ANPC. A introdução é clara: "O INEM enquanto agente de protecção civil tem um papel fundamental na prestação de socorro pré-hospitalar às populações afectadas ou na iminência de serem afectadas pelos incêndios florestais, bem como aos bombeiros e elementos de outras entidades envolvidas no combate aos incêndios florestais."

Teria a Cruz Vermelha Portuguesa alguma missão nos Incêndios?

Deixamos aqui um dos principios bases da Cruz Vermelha, a Humanidade:

- "A Cruz Vermelha nasce da preocupação de prestar auxílio a todos os feridos, dentro e fora dos campos da batalha; de prevenir e aliviar o sofrimento humano, em todas as circunstâncias; de proteger a vida e a saúde..."

Talvez seja por não estar a contar alguma vez ser chamada para auxiliar que a Cruz Vermelha Portuguesa não tem um Plano de Intervenção para estas situações.

Há ainda muito trabalho pela frente!

Agradecimento à CVP de Aveiras e aos BV Alcoentre

Porquê tanta guerra e tanta discórdia, porque todos nós num segundo podemos perder tudo o que temos na vida,quero salientar que a vida não é de guerra nem de discordância ,mas sim de união e de colaboração entre todos.

Desde já quero agradecer a Cruz Vermelha de Aveiras de Cima e aos Bombeiros.

O meu muito obrigado pelo vosso trabalho que é digno e sábio, porque não são todos que têm a capacidade de ajudar e colaborar como vocês. Para mim e para a minha família e amigos foram os meus anjos da guarda sem vocês eu não estava cá. E é graças a vós que hoje posso ter a honra de acordar todos os dias e ver a minha filha de 3 anos sorrir para mim.

O MUITO OBRIGADO

Carla Gutierres (sobrevivente do acidente)

Comentário publicado no Bombeirosparasempre neste tópico

domingo, 8 de agosto de 2010

Caos em São Pedro do Sul

Mesmo com mais de 400 bombeiros no local, o inferno continua instalado em São Pedro do Sul! Pessoal e maquinaria dizimados... Populações entregue a si próprias... Isolados e esfomeados...

Fica a pergunta:

- Onde para a CVP?

sábado, 7 de agosto de 2010

Onde anda o Coordenador de Plataforma?

Portugal está a arder... Está em todos os jornais e televisões. Neste momento o caso mais preocupante é o Santa Cruz da Trapa (São Pedro do Sul). Milhares de hectares já foram devorados pelas chamas, casas e viaturas dizimados pelo fogo. As populações estão sem descanso há dias, há povoações cercadas e isoladas. Os bombeiros estão de rastos, exaustos após dias e dias de combate em condições duras.

A pergunta que se põe é: - Onde anda a Cruz Vermelha Portuguesa?

Depois de belíssimos exemplos de apoio aos Bombeiros e às populações, parece que tudo não passou de um acto isolado.

A Protecção Civil não sabe que recursos humanos e materiais a Cruz Vermelha tem disponíveis. Não sabe porque ninguém lhes diz.

O site do INEM tem disponível no seu site o Plano Prévio de Intervenção (PPI) para os fogos florestais e neste nem uma referência à CVP. No socorro de segunda linha não faz referência à Cruz Vermelha. O INEM desconhece que meios humanos e materiais a CVP tem disponíveis. Desconhece porque ninguém lhes foi dizer.

Resumindo:

Ninguém sabe que existimos! Que estamos aqui para ajudar!

Excelentíssimo Senhor Coordenador da Plataforma 2,

O Cruz Vermelha para sempre deseja-lhe a continuação de umas EXCELENTES FÉRIAS enquanto o país arde descontroladamente e os SEUS homens assistem a tudo de MÃOS ATADAS sem nada poder fazer!

Faro ajuda jovens bulgaros



O Cruz Vermelha para sempre dá os parabéns a este magnifico trabalho da Delegação de Faro mostrando uma excelente capacidade de resposta às solicitações. Gostaríamos também de enaltecer o profissionalismo das acções. Sem dúvida um exemplo a seguir! Fica também, mais uma vez, a chamada de atenção para a Protecção Civil. A Cruz Vermelha Portuguesa existe e recomenda-se!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Socorristas da CVP conhecem o limite!


Um grupo de voluntários a Socorristas da CVP tiveram recentemente uma experiência única nas suas vidas, no decurso da sua instrução, efectuaram vários exercícios onde tiveram a oportunidade de colocar em prática grande parte da matéria que compõe actualmente a sua formação. Durante o exercício efectuado foram postos á prova perante situações de um grau de dificuldade elevado, tendo que saber gerir situações de stress com procedimentos de socorro e outros, apreendidos em formação, este contacto com situações não convencionais permitiu-lhes saber quais os seus limites, físicos e mentais perante tais situações. A nossa fonte confirmou que este método é extremamente eficaz até na componente motivacional dos voluntários, afirmando ainda que os mesmos apresentam á posteriori capacidades muito superiores aqueles que não foram sujeitos ao mesmo tipo de situação, o seu desempenho e motivação ficam muito mais beneficiados o que se reflecte no trabalho diário de voluntariado.

Resta saber…que métodos são estes? São utilizados em todas as Delegações?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Afinal quem paga?


Continuando a analise ao protocolo de aquisição do fardamento, a segunda página levanta também questões interessantes.

No ponto 15 vem descrito o seguinte:

"(...) as Delegações locais/unidades orgânicas do primeiro outorgante contactam directamente com o segundo outorgante, sendo responsáveis por todo o processo, desde a requisição ao pagamento."

No 16, diz assim:

"O primeiro outorgante é solidariamente responsável por todas as obrigações decorrentes deste protocolo, nomeadamente o pagamento dos fornecimentos e stock, caso as delegações locais não cumpram as obrigações e prazos decorrentes dete protocolo."

Findo isto, fica uma duvida no ar. Se a Sede é obriga a pagar em caso de falha das Delegações, porque razão há neste momento Delegações com dificuldade em conseguir fazer os pedidos devido à recusa da empresa fornecedora, ao abrigo do argumento que algumas Delegações estão a dever o fardamento adquirido?

Responda quem souber!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

2500 unidades por artigo!

Aqui temos então a primeira parte do protocolo assinado entre a empresa Torfal e a Cruz Vermelha Portuguesa, podem lê-lo na integra, mas a nós há alguns pontos que de imediato nos chamaram a atenção. Vamos à primeira parte:

No ponto 4 vem referido que:

- "O presente protocolo contempla o fornecimento de 2500 unidades por artigo (...)

Em referência a este ponto, o ponto 18 reza o seguinte:

"No final do prazo do presente protocolo, caso não tenha sido atingido o volume máximo de vendas previsto no ponto 4, o primeiro outorgante adquirirá os artigos em stock que não tenham sido solicitados (...)

Será este ponto apenas um "pró-forma"? Será que este ponto efectivamente é benéfico para a Cruz Vermelha? Se é atribuído o exclusivo do fabrico e venda do fardamento a toda a Cruz Vermelha Portuguesa tendo em conta que haverá pelo menos uma noção geral das necessidades de equipamento, será que haverá necessidade de colocar mais este possível encargo para a Cruz Vermelha Portuguesa? Não basta que seja atribuído o exclusivo é também necessário garantir que vendem todo o exclusivo?

Responda quem souber!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Novo fardamento e o seu negocio


Após terem surgido vários comentários sobre o novo fardamento e o protocolo celebrado, ficaram no ar algumas duvidas sobre as vantagens que o negócio traria para a CVP. Após alguma investigação e feitos alguns contactos, chegou-nos finalmente via email o dito protocolo. Como é extenso vamos publicar por partes.

Viseu e a falta de visão estratégica

Com o tempo quente que se tem feito nos últimos tempos e com a agravante da chegada em força dos fogos florestais, Viseu mergulhou num caos a nível da Emergência Médica. No fundo, este conjunto de factores apenas trouxe ao de cima as fragilidades do sistema.

Há muito tempo que o volume de serviço é alto em Viseu, mas com a necessidade de desviar meios dos bombeiros para os incêndios o socorro no concelho ficou reduzido à ambulância "SBV" do INEM. Os Bombeiros Municipais debatem-se com grandes problemas de falta de pessoal e há muito que deixaram de operacionalizar a segunda ambulância que lhes está atribuída. Com os fogos, a única que circulava também "encostou".

Os Bombeiros Voluntários debatem-se com o mesmo problema que afecta a maior parte das casas deste género: a falta de voluntários. Os assalariados cumprem os serviços programados de transporte e só sobra para a emergência se não haver nenhum serviço de transporte...

No meio disto, onde fica a Cruz Vermelha de Viseu? Não fica. É sabido que as CVP dependem do serviço de ambulâncias para sobreviver. Viseu não é excepção, como tal, para além do normal serviço de transporte podia (e devia) aproveitar estas oportunidades para expandir a parte de emergência.

Algumas contas de merceeiro:

Média de saídas INEM por ano no concelho de Viseu: 8970

Média de serviços\ano feitos pela SBV Viseu: 5760

Média de serviços\ano feitos pelos BM Viseu: 2880

Média de serviços\ano feitos pelos BV Viseu: 330


Ora, através das contas muito simplificadas podemos chegar à conclusão que existe uma "oportunidade" de 3210 saídas\ano que estão por explorar. Se fizermos a média a 25 euros por saída estamos a falar de mais de 80 mil euros.

Esta verba permite pagar assalariados e investir em equipamento.

Mais importante que isto, permite que a CVP Viseu se expanda, em número de saídas, em número de elementos (sim, as saídas de emergência atraem os voluntários), em meios materiais e mais importante em prestigio como instituição.

A Cruz Vermelha existe para socorrer, é essa a razão da sua existência, daí chamarem-se Equipas Operacionais de Emergência, esta é uma grande oportunidade de o fazer e ao mesmo tempo a mesma ser a emergência ser subsidiada.

São os transportes que financiam uma casa, mas é a emergência que atrai os voluntários e são os voluntários que asseguram também os transportes. Todos estes factores são indissociáveis.

Não existem muitas oportunidades como esta...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010