quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A CVP e os projectos da treta

Continuamos a dar "voz" aos nossos leitores, desta vez um comentário enviado pelo nosso leitor Luís Carlos neste post:

"Os poucos portugueses honestos e lúcidos ficam apavorados e admirados e com razão com as nulidades que infelizmente nos desgovernam. É confrangedor o vazio de ideias válidas e a lata da grande maioria dos coordenadores actuais. Do Coordenador Nacioal, aos de Plataforma e aos Locais pouco ou quase nada se aproveita. Ao contrário do que apregoam quase nada funciona nomeadamente; a emergência, os transportes, a formação, os legítimos direitos do voluntário, etc, etc. Como se isto não bastasse os meios de divulgação (institucional ou não) também ajudam à festa dando demasiado tempo de antena a gente incapaz que para além da treta habitual nada resolvem, a estes juntam-se as audições a algumas dezenas de opinantes profissionais que tal como os primeiros falam, falam e o resultado final das suas verborreias é zero. A Cruz Vermelha para mudar para melhor em todos os domínios tem que largar definitivamente os projectos da treta que alimentam uma enorme cambada de inúteis, que custam mais que as respectivas obras e a seguir vendo como se faz, os bons exemplos dos países desenvolvidos. Se o fizermos em pouco tempo deixaremos de ser o restolho da Protecção Civil, senão a CVP acaba."

13 comentários:

Anónimo disse...

A CVP está entregue a velhos retrogados que não deixam os grandes operacionais que tiveram e tem desenvolver o seu trabalho, simplesmenyte tem medo de perder o protagonismo individual, depois arranjam meia duzia de curiosos para coordenadores locais e chefes de qualquer coisa que nem formação tem para tal cargo, alguns nem o nome sabem fazer,são apenas porque lembem todos os dias os t.... dos presidentes...
Depois vemos alguns seguirem as suas carreiras na ANPC, nos Bombeiros e no INEM, como exemplo o caso do CODIS Lisboa, e outros.

Anónimo disse...

Qualquer gajo é posto como coordenador ou chefe. nao ha criterios, nao ha selecçao, nao ha nada. estavam à espera do que?

acredito que nao seja facil arranjar quem dê formaçao aos novos coordenadores, visto que os actuais tambem nao percebem muito de estrategia, organizaçao, gestao de conflitos, etc.

se for para se ensinar os novos da mesma maneira que se faz actualmente, mais vale estarem quietos.

Anónimo disse...

Quando pertenciamos às Forças Armadas, isso sem, foram bons tempos...

Anónimo disse...

Concordo com o texto e com os 2 primeiros comentarios, no entanto falta apontar soluções?

Por onde passa o futuro?

Pela formação de Coordenadores?

Por um maior empenho dos CPR?

Outra solução?

Critique-se, mas aponte-se soluções!

Anónimo disse...

O problema é que na actual CVP há um numero "engraçado" de elementos que possui mais formaçao e experiencia em liderança do que muitos coordenadores. Mas estes são incluídos no grupo com potencial que são desperdiçados pela "maquina" da CVP. O outro problema é que também não existe humildade no topo da hierarquia para admitir que se pode aprender com quem está "mais abaixo".

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

A bem dizer:
Poderá haver bastantes indivíduos desejosos de "poleiro" e esses serão sempre uns frustrados. Mas também é verdade que na CVP a mudança dos poderes instituídos é muito mais difícil do que por exemplo na máquina do estado. Quase parece uma maçonaria em velocidade warp. Parece-me que uma grande parte de nomeações e até outro tipo de decisões é feita com base numa "confiança" mesmo que isso inclua alguém com "carreira" em incompetência. Por vezes faz-me lembrar regimes familiares. Fica-se realmente intrigado com algumas nomeações, senão vejamos: que razões superiores para nomear alguém para coordenador regional que pouco mais de meia dúzia de anos de CVP possui (ou nem isso), sem qualquer experiência relevante seja em que área for da intervenção da CVP quando na abrangência dessa região existe o grosso dos voluntários e não voluntários da estrutura da CVP com anos de "campo"? São todos menos competentes, indesejados ou proscritos?

Anónimo disse...

nao quero aqui vir defender ninguem,mas os CLE,sao pura simplesmente nomeados pelos Senhores Presidentes,que por acaso e em muitos sitios acumulam os dois cargos...Podem ser distituidos em 10 segundos e com um simples telefonema..qualquer um o pode ser..durante algum tempo como so alguns minutos..
ha realmente pessoas na estrutura com melhor visão,expriencia formação na CVP que podiam ter sido nomeados..como foram nomeados os senhores que la estao e "defendem" a Cvp..eis a questão,qual foram o criterios,bem isso pelos vistos cabe a cada um "opinar"
cumprimentos,

Mario Freitas disse...

Sendo um blogue, qualquer um pode enviar os seus comentarios, mas fazerem um post de um comentario que nada diz muito pelo contrario e como ja viram sr.s administradores é sempre mais do mesmo e isto sim é da vossa responsabilidade dizendo que continuam a dar voz aos leitores???
Se é para isto, começa a ser pouco ou nada atrativo vir ao blogue so para ver dizer mal ou comentarios depreciativos ou a atacarem-se entre eles ( que são quase sempre os mesmos).
Esse sr. luis carlos e outros que com os seus comentarios em nada ajudam ou contribuem para o bom mome e para o desenvolvimento da cvp muito pelo contrario, deviam começar pela casa deles e perguntar se os pais tinham curso para os criarem, nas empresas onde trabalham o que são os patrões, se os politicos tem cursos para serem primeiro ministro, ministros ou secretario de estado e da protecção civil, administradores hospitalares, directores de bancos, etc., etc.
As pessoas que estão em funções de direcção o importante e saberem o que querem e para onde querem ir, e depois tem um staff de apoio desde concelheiros a assessores para esse efeito, e depois um conjunto de pessoas que colaboram nesses porjectos, isto é em portugal e na china.
So não ve quem não quer e tambem so esta na cruz quem quer, se isto é tudo mal podem ir embora para instituições ou organizações bem dirigidas. O que parece e que queriam ser dirigentes então facam por isso e com as boas ideias e propostas que tem mas que ninguem as ve, A não ser que quem comenta e diz mal e eu tenho a certeza que nem os conhcem muito pelo contrario e com este tipo de comentarios queira so e so descredibilizar a cvp e desmotivam os que possam querer vir e ate os que ca estão, bem como a imagem negativa que tentam passar para quem visita o blogue.
A cvp tem feito muita coisa bonita quer no apoio as pessoas necessitadas por esse pais fora e nomeadamente aqui no norte e ate nos fogos, mas isto não aparece no blogue so a critica facil e gratuita.
Estes foruns tem interesse se forem para elevar, apoiar e ajudar quem esta no terreno e ate quem tem que decidir, com comentarios, opinioes e esclarecimentos que possam contribuir para um melhor trabalho e dignificação da CVP, agora assim e com este tipo de comentarios ou deixarem coisas para comentar e o resultado esse ja se sabe qual é, a critica destrutiva e o insulto.
Sejam construtivos so assim podemos chegar mais longe.

Voluntario desde 1983

Anónimo disse...

"Impressiona-me mais a solidão do que um acidente aparatoso"
João nunca usa a primeira pessoa do singular. Nunca diz eu. Há dez anos que é assim, desde que pela primeira vez, estava ele a acabar o curso de arquitectura, no Porto, experimentou fazer voluntariado. Diz sempre nós. E diz porquê. "Ninguém faz nada sozinho. Nem mesmo ajudar alguém. É sempre um trabalho de equipa."

João Fernandes tem 33 anos, já prestou apoio a sem-abrigo, a crianças carenciadas, a idosos solitários, já monitorizou acções de educação para a saúde; hoje faz emergência hospitalar. Conduz as ambulâncias da Cruz Vermelha Portuguesa durante a noite. No dia em que o calendário tem o nome dele, pega às 20 horas, despega às oito da manhã. Doze horas cumpridas, vai a casa, toma banho, segue para o escritório. Trabalhar.

"Houve uma altura em que acumulava tudo, mas depois tive de aprender a equilibrar, tive que fazer opções". Optou pelas ambulâncias, porque há pouca gente a conduzir. Mas apesar de se ter obrigado a emagrecer o tempo que dedica ao voluntariado, "também para não ficar tão vulnerável", Agosto é mês de excepção. "É preciso estar mais disponível, porque há menos voluntários e mais pessoas a precisar de nós. Tento sempre ter cuidado ao marcar as férias para nunca estar longe mais de dois fins-de-semana."

João fala com desprendimento total do que faz, mesmo tendo consciência da importância daquele trabalho. Diz que não quer "embarcar em clichés". Mas os clichés, às vezes, são uma verdade incontornável. "É óbvio que gosto de ajudar pessoas, que me sinto bem por causa disso. É um privilégio. Fiz coisas que nunca imaginei fazer. Não havia de sentir-me feliz? E, às vezes, acontecem milagres". Ver uma mãe sorrir porque conseguiram encontrar-lhe o carrinho de bebé que lhe há-de aliviar as caminhadas, salvar alguém de uma paragem cardio-respiratória, fazer as manobras certas, são coisas que nunca mais se esquecem. Mas o que verdadeiramente mexe com ele é a solidão.

"Impressiona-me mais o lado social, a solidão, do que um acidente muito aparatoso. Num acidente, o máximo que podemos pensar é: será que fiz tudo bem? Mas quando há pessoas, tantas nesta cidade, que vivem nos últimos andares de prédios sem ninguém, e que vêm ter connosco só para falar, não vêm pela comida nem pela roupa, vêm para conviver, para ser ouvidas, isso mexe muito comigo", confessa. E também lhe mexe com os nervos. "Incomoda-me a falta de resposta, o passo seguinte. Porque nós não podemos resolver aqueles casos."

Em tempo de crise, há um comportamento que se multiplica a martelar-lhe na cabeça: "Pessoas do interior do país que vêm trabalhar para cá, perdem o emprego e depois têm vergonha de voltar para casa. Vão ficando na rua".





in.:http://jn.sapo.pt

Anónimo disse...

Anónimo das 14:40,

Todo esse paleio é muito lindo, mas infelizmente não passa de retórica.

Todos nós sabemos que não há mecanismos que permitam aproveitar as ideias, o potencial, o conhecimento dos voluntários da CVP.

Não existem mecanismos, nem interesse, nem sensibilidade.

No fundo é por isso que vão aparecendo blog´s como este e comentadores como os que vamos vendo por aqui. Pessoas que vão vendo perspectivas, sonhos e ideias defraudas pela causa que todos nós abraçámos.

Um forte abraço a todos

Mario Freitas disse...

Não estou anonimo e devo dizer que para alem de ter muitos anos de casa, quando tenho alguma proposta coloco-a nas reuniões quer com o coordenador local quer ao presidente, não sei qual o seu problema com a retorica pois estes são os mecanismos para colocar as ideias se na sua delegação não tem sensibilidade nem interesse ainda pode colocar a outros niveis, e não custumo falar por falar e não uso paleio, não sou pulitico nem quadro dirigente sou um simples voluntario que vou trabalhar porque tenho gosto em ajudar seja no que for e para o que estiver disponivel, sem por em causa a organização para isso estava no meu emprego a fazer horas extraordinarias, tento contribuir com aquilo que sei e ate com os meus conhecimentos pessais para angariar fundos ou coisas,

Boa noite

Luís Baltazar disse...

A CVP já acabou para o socorro em Portugal!!!